A arte de atribuir significado aos acontecimentos, as criações, aos simples gestos cotidianos, as grandes transformações e ritos de passagem é uma espécie de SUPER PODER.
Uma tomada radical de responsabilidade. Um ato de tomar a vida nas mãos.
É sobre ampliar as nossas percepções, resgatar nossa espontaneidade e vivificar nossa artista interior, que é o que existe de mais orgânico em nós. É uma prática, um criar em constante movimento, um exercício de provar realidades e uma forma de fomentar a dimensão mágica da vida.
Não é sobre os fatos, mas sobre a história que cada uma de nós nos contamos sobre os fatos. O antídoto é estar consciente das narrativas que criamos. E que essas narrativas estejam a serviço da vida, do nosso bem-estar e crescimento.
Expandir as possibilidades de narrativas. Procurar ir além do óbvio. Prestar atenção.
Estamos repetindo velhos dramas ou criando conscientemente? Que tal resgatar a autonomia de escolher em quais histórias queremos montar? A serviço do que tenho colocado a minha energia, meu tempo, meu corpo, minha voz?
Essa versão da história, me nutre, me entusiasma, me alimenta? Quem ganha com isso? É, sobretudo, abrir espaço para o sentir. É escolher estar desarmada.
Há que se ter coragem mesmo, para não saber. E então, criar a partir desse estado de comunhão com as nossas verdadeiras necessidades e sonhos. A partir de novos referenciais.
Novos contextos, apresentam novas distinções e mapas de pensamento, que abrem caminhos para novas opções e escolhas, que dão espaço para novas decisões, que criam novos comportamentos e geram novos resultados, que por sua vez dão à luz a novas realidades e modos de existir.
Será que nos acostumamos com o mundo? Estamos de acordo com os significados e narrativas disponíveis ou podemos criar novos possíveis e presentes desejáveis?
Cabe a nós, não diminuir a vida.
Cheia que é a sua própria natureza.
Visconde de Mauá, Rio de Janeiro - Brasil
Performer: Natasha Llerena / Texto: Nathalia Lima Verde / Fotos: Yulli Nakamura / Colaboração: Karen Richa